Os pêlos da nuca se eriçam com um toque de lábios finos e frios. Ela sente a corrente sanguínea esquentar sua face... Mas algo se perdeu.
Perderam-se palavras e verdades.
Ela sabe que se esqueceu de abrir os olhos e de respirar. A pressão em seus ouvidos incomoda. Ela enche os pulmões de água. Ela sabe o que a espera.
Escuridão.
Um riso baixo entre os lábios juntos, mas ela sabia que não era por causa do contato. Ela sabia, mas também ria.
Ela sente os pulmões arderem e por um momento se entrega a queda. Seria essa a resposta?
Não resistir?
Seus braços se movimentam suavemente entre as vibrações da água.
- Isso é sua culpa. Sabe tão bem que existe promessas que me fiz e que ainda não cumpri, mas, elas foram feitas para serem quebradas. - lábios se tocam, mãos e pulsos fortes.
Fim.
Não resistir.
Os pulmões se encharcam de dúvidas e dores. A consciência se apaga. Uma batida ao fundo.
Inerte.
Seu corpo se perdia na escuridão, mas, de algum modo, ela ainda permanecia viva enquanto caia.
- Eu sempre amarei você.
* Frase do título de Augusto Cury.
6 comentários:
"Sempre" é forte demais, demais.
Eu amei o texto, na verdade eu amo a maioria das coisas que você posta!
"Sempre" é forte demais, demais. [2]
e a vida é curta demais para ser interrompida assim.
e a vida é curta demais para ser interrompida assim.²
lindos textos viu! está de parabens MESMO ♥
dá um conferida no meu blog? *--*
http://simples-fato.blogspot.com
Que profundo!
Amei.
http://hilariaoliveira.blogspot.com/
Vejo duas situações. Uma é a vida, o amor, o toque dos lábios... viver. A outra, a revelação da vida, ou seja, a morte!
Não sei se ela pensa enquanto está morrendo ou se uma cena antecede a outra. Mas isso mexe com meu imaginário, cara ><...
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