Alguém tira os fios soltos que estavam grudados, em meu rosto. E um friozinho seguiu a mão, enquanto ela deslizava por as maçãs do meu rosto, acariciando com um dedo. Sorri involuntariamente.
- Pelo menos um sinal que te faço feliz. - disse Bernardo e abri os olhos, vendo que a festa se dissipara. Cleber ainda se encontrava conosco. Cecily estava deitada em seu colo. Várias garrafas de cerveja, vazias, estavam sobre a mesa a minha frente. Olhei para Bernardo, um desejo surgiu. Eu queria beijá-lo ali mesmo.
- Oi. - falei, tentando reprimir o desejo da minha voz.
- Você não pode ir só para casa. Levarei vocês todos as suas respectivas casas. Vamos. - ele disse, gentilmente.
- Mas você também bebeu. - disse.
- Sim, mas foi um único gole e faz um bom tempo. - falou, puxando meu braço para cima de seu ombro e segurando minha cintura. Desci o olhar, vendo meu casaco no chão.
- Meu casaco. Pega, por favooor. - falei, arrastando um pouco as palavras, eu me sentia ainda sonolenta e a cabeça latejava. Ele suspirou e abaixou, pegando-o. Colocou sobre o meu ombro.
- O que tinha naquela bebida? - ele pergunta, visivelmente irritado. Cleber nos seguia, levando Cecily em seus braços. Ela gemia algo incoerente, enquanto Cleber a admirava. Nunca pensei... - Não vai me responder? - Bernardo altera um pouco a voz, contraindo o maxilar ao fechar a boca. Que lindo...
- Eu não sei. Você não viu quem colocou no copo para mim? - pergunto, cansada. Que horas seriam?
- Talvez o cara que tentou te agarrar a noite inteira. Ele tava muito chapado. - Me agarrar, me agarrar? Parei e fechei o punho. Quem em sã consciência - ou bêbado - tentou me agarrar?
- Quem? - perguntei, voltando a andar. Bernardo me puxou, enquanto eu resistia a nossa pequena caminhada até a saída.
- Aquele cara, acho que é o Fernando.
...
4 comentários:
Que história ótima!
Quero ler mais!
Curiosa pro desenrolar la história...
Ansioso!
Adorei..
Beijos
mal posso esperar pelo próximo *.* mt bom
A história está bem bacana!!! Gostei muito desse Bernardo!rs.
Bom fds! bjus
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