06/12/2013

Sem título porque a inspiração acabou.



As peças do meu peito estão em desgaste. As crônicas que labutavam em meu pensar se dissipam. Os cortes quentes na minha pele fina se estraçalham com toques. Os lábios secos. A garganta que arranha.
A pergunta que se insere nas minhas veias “eu posso?”. As lacunas incompreensíveis em meu ser. A vontade.

Corroo os destaques que meus olhos encontram. Vasculho meus dedos a procura das palavras.

Me perco.
Revolto.
Me faço.

Os lençóis brancos estão salgados. A minha língua está fria.
E as correntes que meu coração bombeia, se afogam em laços.

Me vejo.
Me mato.
Me maltrato.

Tudo ao teu redor está melhor. Eu fico no desmoronamento.
Minhas pernas irrequietas. E meu tato calmo, rápido e tão fugaz te ataca. Me ataca.

Unhas. Tapas. Fúria.

O ataque feroz que arranha a pele, empurra a garganta, impede meu passos. A melodia sagaz que invade meus olhos e me deixa você no espaço.

Eu não sou fato. Nem retrato.
Sou um pacto mal feito, fadado ao erro.





Ps. Tô pelo tumblr, mas volto quando puder por aqui! Abs.

4 comentários:

Anônimo disse...

Não guia sua vida sob o padrão do outro. Você é uma pessoa com a sua caminhada, os seus princípios, não o do outro.
Abraços.

Unknown disse...

Gostei do seu texto. Muito verdadeiro! Vai me ajudar a escrever um projeto meu de história de ficção... <3 . Pense mais em seu bem estar... Tente distrair-se, sorrir um pouco mais. Eu conheço o sentimento doloroso que gera esses textos (maravilhosos, mas péssimos para aqueles que os escrevem!). Melhoras! Felicidades! Bjsss ~

Elania Costa disse...

Ah, que linda, não tem como eu te responder, mas se um dia tu voltar aqui, ou chegar aqui de novo.
Obrigada pelas palavras.

Unknown disse...

Eu que agradeço por ter me respondido! Obrigada pelo texto, pela inspiração, e, claro, obrigada pela resposta. e.e