23/03/2012

Desire.


E por vezes eu curvei meu corpo para chegar ao teu. Me sinto quebrada em alguns lugares, a barriga dói por ter se contraído por tanto tempo, as costas ardem e meus lábios se encontram secos. Eu queria poder encontrar uma maneira de descobrir você novamente. 
 O sol que invade meu quarto, faz com que tudo que almejei seja reconsiderado... porque eu só queria você do lado. E então eu cheguei ao ponto de me perguntar se acaso eu fiz algo em prol do bem. 
 Meu bem, minha pele arde, conforme o vento seco entra pelas frestas da janela. E o que eu realmente queria é que toda dor corporal passasse, para que eu pudesse colocar meu sapato marrom desbotado e ir te procurar no bar da outra rua, porque eu sei que você está lá, tomando sua cerveja habitual de domingo. E se, caso toda essa dor passar, eu tomaria o copo da tua mão e derramaria no chão, quebraria a garrafa e agarraria teu pescoço e diria Você não necessita disso, você tem a mim. Mas então, ambos desistiríamos e eu acabaria bebendo com você.
 Mas, a pele que cola na colcha da cama, me lembra que apesar de todo sol, eu sinto frio. Eu tenho febre, fome e dor. E eu me pergunto se você virá mais tarde para deitar comigo e acarinhar meus cabelos, enquanto espero os remédios fazerem efeito.
 Mas só me resta te desejar e esperar o dia passar, para você vim.
 Talvez até traga uma taça de wisky para mim. Ou um copo da "gelada" costumeira.
 Oh! É melhor eu pegar mais alguns lençóis.

2 comentários:

Anônimo disse...

melancólico '-'

Jeniffer Yara disse...

Mesmo ela com todas as dores físicas parece que a única que importa é a dor que não sentimos do corpo.

Beijos ><