Deixo as armas no chão para começar a falar do ano que se passou e do ano que teima e tenta se iniciar. Não por querer metralhar alguns bocados de acontecimentos, mas para não atirar na pessoa que fez questão de inventar isso de "ano novo, vida nova", quem você acha que é? Alguém que simplesmente vai apagar tudo e recomeçar de novo, como se nada tivesse acontecido? Pois bem, eu digo uma coisa, não é assim, não mesmo.
Dois mil e onze. Apenas um número, dentro de detalhes incríveis, de emoções, de conhecimento e de alguma forma descoberta ( ou seria melhor redescoberta? ) de si mesma ou da visão no espelho de forma diferente.
Pessoalmente, foi um dos anos mais construtivos pra mim. Perdi, ganhei, perdoei, me magoei, sorri, ri, bebi, fiz milhares de besteiras, corri, cheguei em casa no outro dia de manhã com os lábios inchados, falei besteira, escrevi besteira, chorei, beijei, amei, deixei de lado coisas e como sempre, desisti de algo, de alguém, de alguma coisa.
Na minha concepção o verbo estar ou deixar ser, sempre fica comigo a qualquer momento. Claro que eu crio metas, situações, tenho sonhos e esperanças. Mas eu deixo as coisas seguirem seu curso, e para esse ano vou fazer a mesma coisa. Ou seja, eu espero muito mais de mim, mas se eu não conseguir, bem o jeito é deixar como estar, ou esperar.
Conquistas? Bem, eu me conquistei. Pra esse ano? Como eu vou saber?
Viver a vida é melhor do que ficar esperando que ela aconteça, pois ela simplesmente é, por si só.
Eu continuo a mesma, com as mesmas lembranças, com lembranças mais novas, querendo mais. E que este ano, não seja só mais um número, mas a continuação do que já está sendo a minha vida.
Novo ano, mesma merda, não, mesma vida de uma forma diferente... Eu acho.
2 comentários:
Isso...prefiro a segunda opção...realmente nada muda do dia para a noite, mas é um ponto de referência para melhorarmos (ou ajustarmos) as coisas...
[]s
Que lindo Elânia... Tão eu.
Esse ano - apesar dos pesares - decidi ser feliz. Mas, como você disse, não é assim que funciona, não é questão de esquecer o passado e fingir que nada aconteceu... Acho que é questão de amadurecimento, e é o que eu to tentando fazer: amadurecer, me entender e me amar. Aí sim eu poderei feliz comigo mesma e com o mundo..
Adorei o texto - e a foto. Bjs
Postar um comentário