29/08/2011

Verdade ilícita - pt. 8


(Para ler as outas partes, clique ao lado no marcador "verdade ilícita.")


- Você foi meu sonho impossível, minha verdade ilícita e acabou. 
 Fim, ele voltou para sua história e eu para minha... 
 Seria esquisito dizer que ele me beijou ou eu me declarei? Não. Porque foi isso o que aconteceu.


 Júnior puxou-me para um abraço e sussurrou :
- Talvez você tivesse razão. 
 Eu queria poder dizer "que bom." Mas minha garganta ardia, eu estava viva outra vez, outra vez uma mortal. Eu beijei seus lábios,me deliciei com seu aroma por aquele momento. Ele não me repeliu, não perguntou, ele retribuiu.
- Júnior, eu queria poder dizer que te amo, mas não posso. - ...e desta vez foi o fim.


- Fil, não me siga. Não tente me roubar sonhos ou destruir.
- Você...você está mortal outra vez. - Tudo bem, mas não estava nada bem. Me agarrei na barra do casaco, esperando ele ir. - Eu já falei o quanto você está linda? - lábios tocaram minha face e se foram.


 Eu queria poder dizer que envelheci um, dois ou mais anos, mas após quatro anos continuo a mesma. Não sei sobre Júnior. Filiphi some e aparece de vez em quando, sempre temos nossos encontros desencontrados, se é que me entende. Não voltei a ser zumbi ou a temer me cortar para curar feridas dos sonhos. Não voltei ao hospital ou ao meu apartamento. Nem sei como tudo está hoje, eu estou longe agora de tudo. De todos.
 E o fundo do mar me aplaude, querendo que eu morra, mas continuo aqui, sem respirar e mesmo assim sem conseguir morrer. Mortal ainda, sim, eu ainda sou uma mortal, mas não sei mais o que sou agora.
"Será como o casamento dos nossos pais, para sempre." 
Filiphi. Filiphi. Eu acho que ainda amo você...




Filiphi


  Ser um vampiro seria minha opção se ela não fosse mais mortal. Mas agora, eu imortal...e ela? O que ela é?
 Talvez seja o frio que me impeça.


 Ela estava deitada sob o sol, rindo e eu ria também. Isso foi a séculos atrás. Quando óculos ainda não era moda, quando biquíni ainda não tinha nome.
 Eu percebia o sol se lambuzar dela e eu sentia ciúme. Só que ela ria, e eu ria também.
- Você é louco ou se faz?


...Me impeça do quê? De matá-la?
 Eu tenho que matá-la.
 ...
 Eu amo ela.
- Você tem que matá-la. - a voz congelante do vento sussurra, e eu tenho a impressão de já conhecê-la.


(continua)

4 comentários:

Ariana disse...

Uau que história, estou amando, aguardo a continuação!

Beijos

Anny Diniz (: disse...

queria convida-lá a participar do 1º concurso do blog, além de palavras, sentimentos.
siga o link: http://leideanediniz.blogspot.com/2011/09/1-concurso-aps.html
conto com a sua participação :*

Dreisse Drielle disse...

Quero a continuação tbm!! *-*
Adorei o blog. Muito lindo mesmo..
Obrigada pela visita no meu blog. Volte sempre que quiser. =))
bjoo :***

cássia vicentin disse...

Queria ter tempo para ler todas as partes.