Ficamos parados, nos olhando, sem dizer nada. Então ele me abraçou. E eu senti a ânsia que cada dia me consome, me tirando o sono, vagarosamente tentei encostar meus lábios no dele, mas ele me afastou.
- Seus olhos. - disse. Me recompus, já me condenando por aquilo que estávamos fazendo, de novo.
- É disso que eu falo. De nosso auto-controle. Você sabe que isso é difícil.
- Vamos, já estão voltando. - então ele me pegou pelo braço e tudo que eu vi foi um branco, quando estava de pé vi o colégio há uma distância de um quilômetro.
- Não sei pra que tudo isso. Vão sentir minha falta. - eu disse, com cara emburrada.
- Agora você é minha. - ele disse, sorrindo. E eu vi nosso fio de desejo se mesclar, ele e eu, estávamos perdidos nos desejos um do outro, o proibido e perigoso e o certo.
Seus olhos escureceram, e eu tenho certeza como os meus ficaram claros. Fiquei perdida em seus braços e lábios, eu sentia a vida dentro da minha boca. Quem disse que vampiro não tem alma? Meu Andrey tinha.
- Katrina. - ele disse, ofegante. Eu percebi como estava mais pálido que de costume.
- Desculpe. Me empolguei. - falei, retirando delicadamente seus braços do abraço que estávamos envolto.
- Preciso me alimentar. - fiquei paralisada. Ele precisava de sangue. Ele nunca tinha provado do meu sangue, o que ele causaria nele. Se eu posso me controlar, ele não podia? Ofereci meu pulso, ele hesitou e encarou meus olhos cheios de esperança. Se eu podia me alimentar por ele, por que não ele por mim? Deviamos ter pensado assim, muito tempo antes.
Quando seus caninos perfuraram minha pele, eu não senti dor, senti prazer, eu deseja, ansiava que ele continuasse. Não sabia que aquele ato era assim, em si.
- Desculpe. Me empolguei. - ele repetiu as mesmas palavras minhas. Rimos juntos. Cobri meu pulso.
- Tenho que ir pra escola.
- Pra quê? Você sabe que não precisa. - ele disse, já me encurralando em seus braços.
- Preciso manter as aparências.
- Eu também. Agora, vamos nos ver todos os dias...e noites. - ele disse, brincando com meu cabelo. Éramos da mesma altura, assim eu podia encarar de frente seus olhos, eles estavam mais vivos, mais alegres.
- Como você conseguiu cumprir a promessa? Bom, pelo menos por seis meses.
- Eu me lembrava de você. Do perigo que você descrevia que teríamos juntos. - bufou, balançando a cabeça. - E olha só, nem precisávamos disso. Temos tudo um do outro. Você e eu.
- Eu não vou viver pra sempre. - falei, enroscando seu pescoço.
- Eu sei. Mas enquanto você estiver aqui, eu vou estar com você. E quando você partir, eu partirei. Não me importo com a aparência que terá. Você será sempre você. Minha Katrina. Eu te amo. - lágrimas teimavam em querer transbordar. Toda a delicadeza da declaração de Andrey, atingiram meu âmago. Recostei minha testa na dele. E sussurrei.
- Eu também te amo. Não me importo a aparência que sempre terá, enquanto eu mudar. Você será meu. Você será sempre você. - fiz das palavras dele, a minha. Sorrimos e outra vez nos beijamos. O auto-controle foi mútuo.
- Agora, temos que voltar pra escola. - eu disse, já caminhando na direção da escola.
- Sempre. - ele terminou, nos olhamos e outra vez o que vi, foi um branco e já estava na escola. Ele do meu lado, piscou e saiu. Ele seria meu, outra vez, e dessa vez pra sempre.
-
( Eu não sei muito sobre Sucubus, mas espero que entendam a forma como eu a criei aqui. Obrigada aqueles que leem. Opinem. E me digam o que acharam? Nota da autora: Vampiros me fazem sorrir *-* . Beijos.)
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