"...GAROTAS podem ficar sossegadas, porque NENHUM garoto vai se interessar por uma aberração como essa. Ups. Desculpa por esbarrar em você. Tchau."
Me seguro para não chorar.Como em confirmação com Jennifer, um garoto joga uma bola de papel na minha cabeça.
- Ei, fantasma. -sua risada rouca é como uma faca dentro de mim, me seguro ainda mais para não chorar e nem encarar, seja quem for.
- Cara, se toca. Fantasmas não são feitos de carne e osso. Se não percebeu, ela respira isso diz que não está morta, é HUMANA e isso diz que ela é feita de carne e osso. - Algumas risadas ao longe, cessam a risada rouca. - Sil tudo bem? - pergunta Jones.
- Sim, tô bem.
Ele olha ao redor como se certificando que aquele garoto já havia saído.
- Podemos ir até a praça?
-Ahn. Claro, tudo bem.
Fomos caminhando sem dizer nenhuma palavra. Nossos braços roçavam de vez em quando, e eu sentia uma energia estática.
- Então?...- pergunto, depois de um bom tempo sentados no banco da praça que ficava abaixo de uma macieira (já sofri um acidente ali. Três maçãs espancaram minha cabeça de oito anos, agora talvez seja mais forte[a minha cabeça], tenho 17 anos).
- Sabe. O que você disse no refeitório? - ele pergunta, e eu vi suas bochechas corarem. - Eu fiquei pensando naquilo.
- Sim?
- Eu quero te pedir uma coisa.
continua ...
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