18/04/2012

Verdade ilícita - pt. 10

( Uma das verdades, é que a inspiração do conto meio que sumiu. Aí, de um tempo pra cá, quis muito terminá-lo, o que pretendo, algum dia. Mas vou postar uma parte aqui. Ah, para aqueles que não acompanhavam, é só clicar no marcador "verdade ilícita" que vai aparecer as outras partes. *-* )

O tempo às vezes para aqui, em mim. E eu não sei mais o que ocorre no mundo. O que ocorre comigo. As batidas, as feridas, a vermelhidão em meus braços, a palidez nos meus seios. A nostalgia me atinge... Há quanto tempo estou aqui mesmo? 
 Eu quero chorar, meus olhos estão vidrados, paralisados. Eu quero morrer. Mas aí, tem Fil me chamando, Fil me amando, Fil me acordando, Fil me beijando, Fil sorrindo, Fil querendo me matar...
 Braços agarram minha cintura. Eu estremeço com a quentura que a tanto tempo não sinto.
 Água. Água em mim, no ar, em meus pulmões, em meu rosto, naquele rosto lindo que me encara os olhos.
- E, então, seu bem mais precioso está morrendo e te matando junto... e eu também. - eu conheço essa voz... - Sally, há quanto tempo você se encontra aqui? E... eu não entendo. Como você não morreu? Você não virou uma mortal? - Filiphi.
- O que você faz aqui? - Pergunto, tentando me erguer, mas a cabeça doía.
- Vim te resgatar. Vim me resgatar. - ele suspira forte e seus dedos deslizam sobre minha sombrancelha. E aquela vontade de o abraçar aumenta. E, então penso no que ele disse...
- Como assim meu bem mais precioso está morrendo? - ele deita ao meu lado, escuto as ondas baterem perto de nossos pés. 
- Aquele tal de Júnior. - ele diz e se cala, segura minha mão e a coloca em seu peito, eu sinto novamente sua quentura e seu coração bater. Meu Deus, eu ainda o amo. - Eu senti sua falta.
- Precisamos correr. - digo. - Isso já ocorreu uma vez há um tempo, com outra pessoa, eu completei a cota de sonhos com ela, mas quando ela se desvaneceu, me enfraqueceu. E, não sei como reagir ao Júnior, porque ele não é um simples sonho, você sabe bem disso. Preciso... - não completo, os lábios dele estão nos meus, seguros, firmes e adentram-me. Eu sinto fome, fome dele. 
- Para. E fica comigo. Vive comigo. Faz o que tem que ser feito, mas... comigo. 
- Fil, as coisas não são assim. você sabe muito bem, toda vez que nos damos uma chance, você tenta me matar uma hora ou outra, e isso me machuca. A respeito disso, precisamos conversar. Mas como disse, precisamos correr, caso queira também sobreviver. - dizendo isso, ele me pega nos braços e vamos até seu carro. E eu penso que irá ser uma viagem silenciosa e cheia de tensão. Sinto seu cheiro e me agarro nisso. Não sei o que pode me acontecer a partir de agora.




(continua...)

Um comentário:

Jeniffer Yara disse...

Hey! Não sei aonde te responder,então vim aqui responder seu comentário no meu ultimo post no blog.rs
Você entendeu o final, foi só uma troca de olhares e nada aconteceu ;} rs

Beijos!