30/01/2011

Mais uma música - Parte 8

 Sempre amei música. De qualquer tipo. De clássica até aquele brega insuportável, mas eu não ouvia o estilo, mas a melodia, a letra, me encantavam, sempre me encantou.

 - Bernardo, obrigada por tudo. De verdade.
- Hmm. Eu fiz isso tudo porque quero ouvir mais uma música. - ele diz e me puxa pela cintura. Seu beijo é leve, seus lábios macios...me lembram...me lembram... Paro o beijo e o pergunto qual música ele quer ouvir.
- Dos seus lábios nos meus. - sei que meu rosto esquentou, baixei a cabeça e peguei a chave de casa no bolso junto com as palhetas.

 Enquanto estava no banho, pensei em como me enganara, dizendo que já havia esquecido Chuck.
 Ele fingindo ser meu amigo...não era bem o que eu esperava de "você esquece que namoramos." blábláblá. Eu amava Chuck de todas as maneiras, mas me enganava achando estar apaixonada por Bernardo. O cara mais gentil que eu conheci.
 Me lembro de uma semana depois que Chuck e eu nos falamos pela primeira vez.

- Sabe,fiquei pensando na sua perda. Não sei como reconfortá-la. É difícil perder algo assim. Me lembro da minha...er...flauta. - suas bochechas ficaram vermelhas, e com um rápido olhar meio vesgo ele encarou meus lábios, como se esperasse que eu risse, mas eu fiquei ali, esperando que ele continuasse. - Eu devia ter uns seis anos quando minha flauta quebrou, ela era minha companhia, como poderia viver depois disso? - ele dá de ombros e um meio sorriso.
- É como ver sua mãe vender seu piano. - falei e sai, não tinha tempo para ele e um friozinho na barriga me incomodava quando estava na presença dele.
- Talvez isso seja pior. - ele segue-me, seus passos acompanhando os meus.
- Chuck, você sabe meu nome, pelo menos? - eu pergunto, parando para encarar a incredulidade estampada em seu rosto. - Olha, só porque você sabe do Dean não é obrigado a falar comigo. - falei grosseiramente.
- Selena, eu não me sinto obrigado a falar com você, mas a oportunidade surgiu e era o que eu mais queria. 

Deitada na cama, vendo meu domingo passar, alternei meus pensamentos entre Bernardo e Chuck e em algumas brechas no garoto problema, Fernando.
 Alguém bate a porta, me pergunto quem será, estou de pijama, o mais largo que eu tinha no armário.
 Olho pelo olho mágico e um aperto na boca do meu estômago me incomoda, outra vez...



 Para ler as partes anteriores a essa, veja nos marcadores, aqui ao lado :) Grata desde já.
Beijos a todos

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Um comentário:

Paulatictic disse...

"Dos seus lábios nos meus"

que fofo