10/12/2010

Top secret.

 Darling não sabia do perigo que corria naquela noite. Ela andava despreocupadamente pelas vielas de Compenhague. Ouvia as pessoas falarem em seu dinamarquês, língua que ela mal entendia. O que eu vim fazer aqui?, se perguntou, enquanto flocos de neve atingiam-lhe a face.
 Darling era uma pesquisadora prestigiada, dona de cabelos longos e castanhos, um olhar altivo e um sorriso sensual, mas ela tinha um segredo, um segredo que temia que alguém descobrisse.
 Abraçou seu corpo esguio, sentindo o frio penetrar seu vestido fino, já se encontrava perto do restaurante que sempre frequentava.
 - Boa noite, senhorita Darling. - disse o garçon, Samuel, já conhecido de Darling. Ela deu um sorriso e fez seu pedido habitual. Almondêgas mal passadas, espinafres e vinho tinto.
 Vasculhando o restaurante, viu dois belos rapazes, um era conhecido, o outro não, a encaravam. Ela viu Dragan dá um pequeno aceno com a cabeça. Se sentiu constrangida enquanto a observavam, ela desviava o olhar e mexia no cabelo sempre que possível.
 - Darling, prazer em encontrá-la aqui, muita coincidência. - saudou Bárbara, colega de trabalho de Darling. Se abraçaram e conversaram sobre o tempo. Samuel serviu a mesa de Darling e saiu para conduzir Bárbara a uma mesa disponível, trocaram mais sorrisos. O vinho exalava seu cheiro costumeiro.
 Ela olhou na direção onde se encontrava os rapazes, mas eles já não estavam mais lá. Suspirou alto e saboreou seu prato.

 - Elisabeth. - alguém grita, do corredor do banheiro. Darling está presa lá dentro, e se desespera. Elisabeth era filha de Bárbara.
 - Ora, ora, ora. Achou que iria escapar assim, Darling? - O rapaz que ela não conhecia a encarava, sorrindo e com uma estaca de madeira na mão.
 - O que você quer? - ela pergunta, ainda ouvia gritos fora do banheiro.
 - Seu coração.
 -Você contou a ele? - ela dirige a pergunta a Dragan. Ele desvia o olhar e Darling faz outra pergunta. - O que vocês são?
 - Caçadores de estrelas. - ele diz sarcásticamente. - Você foi muito má em dispensar meu amigo aqui, e você sabe o quanto seu coração vale. Ah, a próposito, meu nome é Jamis. - ele fala e avança ao pescoço de Darling.
 - NÃO. - Dragan se exalta e encara os olhos castanhos de Darling, olhar para a mulher que ele tanto amara, era doloroso. Ela sorriu de modo único e altivo.
 - Matar estrelas é uma boa profissão. - ela diz, e escuta o assobio da estaca no ar. As mãos de Dragan seguram Jamis, e nesse tempo, Darling pega a estaca e enfia no peito de Jamis. - Mas é muito perigoso. - Ela olha para Dragan, que parecia desnorteado. Passa-lhe um cartão que estava no seu bolso. Seu número. Sai pela janela do banheiro.
 Quando as pessoas finalmente conseguem entrar no banheiro, veem um cara, desconhecido, jorrando sangue pelo peito e mais gritos acontecem.

 Seu celular toca, ela sorri. 
- Oi Dragan. - fala.
- Não foi muito caloroso da sua parte matar meu amigo, deveria deixá-lo ir, assim como eu. Por que você me deixou vivo? - ele diz. 
 - Seria muito despeito deixá-lo vivo, enquanto ele tentou me matar. Sabe, por que você não liga novamente daqui a dois meses? Eu respondo porque te deixei vivo. Adeus Dragan. - ela falou e jogou o celular na bolsa, esperava o metrô. Seu coração batia forte. Ninguém poderia ficar vivo, enquanto sabia que ela era uma estrela.
 De verdade.
Pauta para a 46° Edição Visual e 44° Edição Conto/História.

2 comentários:

Nina disse...

Que conto forte! Adoro contos assim!

bjos

Nina

Nina Auras disse...

Uou. Gostei. Quando eu vejo a foto de Vampire Diaries, não consigo pensar em outra história para eles... Mas a sua ficou ótima, A-DO-REI *--* Parabéns.