...o tempo volta a funcionar.Simon pisca os olhos freneticamente. Alicya já havia soltado minha garganta e avançava para Simon.
- Isa. O que...? - outra vez ele é interrompido, as mãos de Alicya já se afundavam em seu pescoço.
- Não. Solte ele. - Seguro os braços de Alicya, puxando-os para trás.
- Você vai saber o que é sofrer. - ela aperta mais as mãos ao redor de Simom. Percebo aos poucos sua aura se esvair. Não.
- Não Alicya. Se você matar um humano, você não poderá viver mais como um. - outra vez um cinza claro a envolve. Ela solta Simon se vira ao meu encontro.
- Mas você matou humanos.- Não.
- Você sabe que não.
- Eu lembro muito bem. Do vermelho que te envolvia, dos vícios que causou. Você está, mesmo que indiretamente, ligada as mortes. Durante 30 anos, Isadora, eu te vigiei. Sou sua superior.
- Mas você não pode matá-lo. - reprimi as lágrimas que queriam se formar. Eu merecia morrer. Merecia.
- Não vou matá-lo. - e quando dei por mim, minha mãos seguravam o pescoço de Simom. - Você vai.
- Não. - sussurrei.
- É assim que você vai pagar. - ela disse e me observou segurar o pescoço de Simon.
- NÃO. - gritei. Conseguindo por fim, afrouxar o aperto.
- Isa. - pronunciou Simon. Lágrimas inundavam seu rosto. O azul-anil aniquilava-me a visão. Ele estava machucado. - Por que isso? O que você é? - ele engasga-se com as palavras.
- Ela? É seu pior pesadelo. - disse Alicya, sorrindo. - Adeus Isadora. - e saiu porta a fora. Sua aura estava verde-musgo. Lágrimas queimavam meus olhos.
- Simon. Eu... - não consegui dizer nada. Soluços tomaram conta da minha garganta, fechando meu peito. A dor era atenuante. Eu sentia culpa. Arrependimento. Eu queria perdão, mas nem eu mesma me perdoava.
- Isa, você matou mesmo pessoas? - Não, por favor, não apareça a aura amarela... Como eu podia combater aquilo?
- Simon. - entrelacei meus dedos em seu cabelo. Encarei seus olhos cor-de-mel. - Indiretamente, sim. - respondi, ele puxou minhas mãos e atirou-as no ar.
- Por que fez isso? - ele pergunta, com um ar triste.
- Vou ser bem direta. Eu odiava os humanos. - ele arregala os olhos, recuando alguns passos.
- O que você quer comigo? O o o que você é?
- Qual eu respondo primeiro? - baixei os olhos. Eu senti sua incredulidade. Respirei fundo.
- As duas. - disse, em um tom frio. Expliquei a ele o que eu era e o que eu viria a ser, disse alguns dos meus dons.
- Por que você escolher ser humana e...mortal? Já que odeia os humanos.
- Eu não odeio, eu odiava.E é complicado. Eu não escolhi ser mortal, foi o destino ...
Obrigada pelos comentários e elogios. Agradeço a todos desde já e, essa parte não ficou taaão boa, mas, como eu já disse, já faz um pouco de tempo que eu fiz ela. Beijos queridos e bom fim de semana. Até a semana que vem, com mais pra vocês.
5 comentários:
Adorei a segunda parte Elania, acho que tem muito a ver com o tipo de histórias que gosto de ler. Aguardo continuação .
beijos e boa semana :D
Obg Luria pelo carinho, bjs (:
A mortalidade é uma questão tensa. Como assim "não ficou tão boa"? Nossa, menina, ficou ótima! Continue logo.
Nina. Obg mesmo :x sério. *-* bjs
Oi amoreee! Adorei tbm esta parte. Tem um pouco de suspense e ação. Gostei muito!
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