30/10/2010

Peça chave - Parte II

 Para acompanhar e entender, leia antes I .

 ...o tempo volta a funcionar.Simon pisca os olhos freneticamente. Alicya já havia soltado minha garganta e avançava para Simon.
 - Isa. O que...? - outra vez ele é interrompido, as mãos de Alicya já se afundavam em seu pescoço.
 - Não. Solte ele. - Seguro os braços de Alicya, puxando-os para trás.
 - Você vai saber o que é sofrer. - ela aperta mais as mãos ao redor de Simom. Percebo aos poucos sua aura se esvair. Não.
 - Não Alicya. Se você matar um humano, você não poderá viver mais como um. - outra vez um cinza claro a envolve. Ela solta Simon  se vira ao meu encontro.
 - Mas você matou humanos.- Não.
 - Você sabe que não.
 - Eu lembro muito bem. Do vermelho que te envolvia, dos vícios que causou. Você está, mesmo que indiretamente, ligada as mortes. Durante 30 anos, Isadora, eu te vigiei. Sou sua superior.
 - Mas você não pode matá-lo. - reprimi as lágrimas que queriam se formar. Eu merecia morrer. Merecia.
 - Não vou matá-lo. - e quando dei por mim, minha mãos seguravam o pescoço de Simom. - Você vai.
 - Não. - sussurrei.
 - É assim que você vai pagar. - ela disse e me observou segurar o pescoço de Simon.
 - NÃO. - gritei. Conseguindo por fim, afrouxar o aperto.
 - Isa. - pronunciou Simon. Lágrimas inundavam seu rosto. O azul-anil aniquilava-me a visão. Ele estava machucado. - Por que isso? O que você é? - ele engasga-se com as palavras.
 - Ela? É seu pior pesadelo. - disse Alicya, sorrindo. - Adeus Isadora. - e saiu porta a fora. Sua aura estava verde-musgo. Lágrimas queimavam meus olhos.
 - Simon. Eu... - não consegui dizer nada. Soluços tomaram conta da minha garganta, fechando meu peito. A dor era atenuante. Eu sentia culpa. Arrependimento. Eu queria perdão, mas nem eu mesma me perdoava.
 - Isa, você matou mesmo pessoas? - Não, por favor, não apareça a aura amarela... Como eu podia combater aquilo?
- Simon. - entrelacei meus dedos em seu cabelo. Encarei seus olhos cor-de-mel. - Indiretamente, sim. - respondi, ele puxou minhas mãos e atirou-as no ar.
 - Por que fez isso? - ele pergunta, com um ar triste.
 - Vou ser bem direta. Eu odiava os humanos. - ele arregala os olhos, recuando alguns passos.
 - O que você quer comigo? O o o que você é?
 - Qual eu respondo primeiro? - baixei os olhos. Eu senti sua incredulidade. Respirei fundo.
 - As duas. - disse, em um tom frio. Expliquei a ele o que eu era e o que eu viria a ser, disse alguns dos meus dons.
 - Por que você escolher ser humana e...mortal? Já que odeia os humanos.
 - Eu não odeio, eu odiava.E é complicado. Eu não escolhi ser mortal, foi o destino ...

Obrigada pelos comentários e elogios. Agradeço a todos desde já e, essa parte não ficou taaão boa, mas, como eu já disse, já faz um pouco de tempo que eu fiz ela. Beijos queridos e bom fim de semana. Até a semana que vem, com mais pra vocês.

5 comentários:

Luria Corrêa . disse...

Adorei a segunda parte Elania, acho que tem muito a ver com o tipo de histórias que gosto de ler. Aguardo continuação .

beijos e boa semana :D

Elania disse...

Obg Luria pelo carinho, bjs (:

Nina Auras disse...

A mortalidade é uma questão tensa. Como assim "não ficou tão boa"? Nossa, menina, ficou ótima! Continue logo.

Elania disse...

Nina. Obg mesmo :x sério. *-* bjs

Nina disse...

Oi amoreee! Adorei tbm esta parte. Tem um pouco de suspense e ação. Gostei muito!